Conheça os pilares ESG na hotelaria

Hotéis da Associação Roteiros de Charme primam por práticas sustentáveis em suas operações

Para serem considerados de excelência, nos dias de hoje, os empreendimentos hoteleiros precisam ir além das boas práticas de atendimento ao cliente, conforto e conveniência das instalações e treinamento de equipes. A responsabilidade com a preservação do meio ambiente natural, com o bem estar social e com a governança da estratégia e operação das empresas é uma demanda crescente do mercado e vem influenciando também a escolha dos viajantes mais conscientes.

O meio empresarial adotou a abordagem designada pela sigla ESG (iniciais em inglês das palavras ambiental, social e governança) para elencar e medir as práticas voltadas para a sustentabilidade ambiental, sustentabilidade social e de governança de uma empresa. O conceito de ESG traduz o compromisso de instituições e empresas adotarem estratégias que contemplem em suas atividades a preservação do meio ambiente, a redução das desigualdades sociais, a gestão consciente e íntegra e a melhoria da governança corporativa das empresas.

Muito antes do termo ganhar notoriedade, a Associação Roteiros de Charme, fundada em 1992 e inspirada pela conferência Eco-92, se dedica a praticar a hotelaria de qualidade com responsabilidade ambiental e social.

Ao se associar, o integrante da Roteiros de Charme assume a missão de desenvolver suas atividades com elevada responsabilidade social e ambiental, comprometendo-se em contribuir para o processo de conscientização ambiental de todos os envolvidos com a atividade turística nos destinos onde operam.

Este compromisso está no DNA da Associação e é descrito no Código de Ética e Conduta Ambiental, desenvolvido pela Roteiros de Charme, com a chancela do órgão Ambiental das Nações Unidas.    Os empreendimentos associados da Roteiros já adotam a maior parte das práticas que constituem os pilares do ESG, embora sem a formalidade da metodologia hoje difundida como ESG. Nos últimos anos alguns associados da Roteiros já partem para a formalização da abordagem ESG em seus empreendimentos.

Confira as práticas de sustentabilidade que integram os pilares do ESG na Hotelaria, segundo o diretor de Meio Ambiente da Roteiros de Charme, Luiz Penna:

Boas práticas ambientais

Dentre as práticas mais conhecidas estão o uso de coletores solares para aquecimento de água, valorização da iluminação natural nas construções e decoração, uso de lâmpadas de baixo consumo e sensores de presença para maior eficiência no consumo de energia elétrica; coleta seletiva, reciclagem e, principalmente, redução dos resíduos sólidos; compostagem dos resíduos de alimentos e podas de jardim com aproveitamento para adubação em horta, além de redução e eliminação de itens e embalagens de plástico de uso único;

Nos últimos anos cresce o número de empreendimentos com geração própria de energia elétrica através de painéis solares fotovoltaicos;

Boas práticas sociais

Os hotéis vinculados à Associação participam de iniciativas e projetos de preservação do patrimônio ambiental, histórico e cultural de suas regiões, assim como valorizam a mão de obra, movimentando a economia local.  As hospedagens priorizam a contratação de colaboradores locais no preenchimento da maior parte das ocupações profissionais de seus estabelecimentos (cozinha, salão, limpeza, gerência, manutenção, construção). Treinamento e valorização profissional, inclusão e diversidade integram o dia a dia da política de pessoal. As parcerias com fornecedores e produtores locais são prioritárias para o fornecimento de insumos e alimentos.

Em alguns associados da Roteiros, o lucro obtido com a venda dos recicláveis é revertido para os funcionários do hotel. Em outros a produção das hortas está disponível para os colaboradores alimentarem suas famílias. Há também hotéis associados que apoiam projetos sociais importantes para as comunidades onde estão inseridos.

Boas práticas de governança 

A governança é ainda um campo a ser muito desenvolvido no âmbito do ESG nas empresas do setor de turismo e hotelaria. Não basta cada empreendimento individual apresentar procedimentos de excelência e transparência na gestão da companhia, das questões sociais e relacionamento com fornecedores e partes interessadas. É preciso ir além e alcançar a integração com os demais empreendimentos dentro de um mesmo destino turístico.

No setor do turismo e hotelaria os elementos de governança dos empreendimentos individuais necessitam ser ampliados de forma a proporcionar instrumentos de cooperação e regulação com os demais empreendimentos e a administração pública atuantes em uma mesma área de influência, sem o que, o alcance de objetivos de sustentabilidade para o destino como um todo dificilmente será alcançado. Este é o desafio que se coloca na atualidade aos empreendimentos que desejam avançar no caminho da sustentabilidade de seus destinos

A Roteiros de Charme dissemina seu Código de Ética e Conduta Ambiental entre seus associados e orienta a atuação dos mesmos no sentido de divulgar e cooperar com empreendedores atuantes em suas regiões. O objetivo comum, a ser alcançado através de parcerias e sistemas de cooperação, é a construção de uma governabilidade sólida, capaz de direcionar o desenvolvimento do destino turístico  como um todo, com sustentabilidade social, ambiental e econômica alcançando  todas as partes interessadas.

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